Na ocasião do Centenário da Declaração da Independência da República Popular Belarussa, Dia da Liberdade, comemorado 25 de março em Belarús, estamos apresentando a tradução para português do texto “Independência é…” do famoso escritor e historiador belarusso Uladzimier Arloŭ. Escrito em 1990, o texto até agora não perdeu sua atualidade, para infelicidade do autor. Para saber mais, acesse nossa postagem anterior sobre o Dia da Liberdade em Belarus (25 de março – Dia de Independência de Belarús)
Uladzimier Arloŭ
Independência é…
Tradução de belarusso de Volha Yermalayeva e Paterson Franco
Fevereiro, 1990
[1] Trechos em itálico representam frases em russo no texto de partida.
[2] Ryhor é nome típico belarusso, na versão russa seria Grigoriy.
[3] Grazhyna, pelo nome, é, provavelmente, polonesa.
[4] Isaác é nome judeu.
[5] 1º de setembro é o primeiro dia do ano letivo nas escolas e universidades na União Soviética e na maioria dos países pós-soviéticos.
[6] Pavlik Morozov – um menino soviético tido por mártir pela propaganda e condecorado postumamente como Herói da União Soviética por denunciar o próprio pai como dissidente do regime stalinista e ter sido assassinado (tudo em 1932). O pai de Pavlik era etnicamente belarusso.
[7] Aleksandr Myasnikov – um dos responsáveis pelo estabelecimento do poder soviético em Belarús. Era contra a língua belarussa e o estado belarusso independente.
[8] “Batateiro” (bulbash) – nome pejorativo dado aos belarussos pelos russos devido ao esterótipo de que esses comem muita batata.
[9] “Bunda negra” – nome pejorativo dado pelos russos às outras etnias que são mais morenas do que eles.
[10] “Bicicleta” é uma prática surgida no exército soviético, quando botam algodão entre os dedos dos pés dum soldado que está dormindo e tocam fogo, assim ele começa a mexer as pernas, como se andasse de bicicleta.
Brincando um bucadim!